Ainda que as contas do país estivessem perfeitamente em ordem e que a economia estivesse crescendo de forma consistente, com a arrecadação batendo recordes, já seria imoral usar o dinheiro do contribuinte para bancar partidos políticos e campanhas eleitorais, que deveriam ser custeados apenas pelos seus filiados e com as doações daqueles que acreditam nas plataformas daquela legenda ou daquele candidato. O que dizer, então, quando o Congresso decide tomar ainda mais recursos públicos para essas finalidades enquanto falta dinheiro para inúmeras outras finalidades e em meio a uma pandemia que continua cobrando um preço altíssimo do país? Pois foi exatamente isso que deputados e senadores fizeram ao aprovar, a toque de caixa, a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2022.