SALÁRIO MÍNIMO NÃO É SUFICIENTE PARA GASTOS BÁSICOS DO BRASILEIRO; VEJA QUAL DEVERIA SER A REMUNERAÇÃO NO BRASIL
Com o salário mínimo em R$ 1.320 desde maio deste ano, ainda seria necessário multiplicá-lo em 4,70 vezes, para adquirir produtos alimentícios básicos (Por Vitória Pitanga)
quinta-feira novembro 23, 2023
O valor do conjunto de alimentos para uma cesta básica caiu em 12 de 17 capitais apuradas no mês de outubro, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Dessa forma, o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.210,11 – 4,70 vezes o mínimo de R$ 1.320.
Na comparação entre o custo da cesta e o salário mínimo líquido – após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social – o trabalhador remunerado comprometeu, em média, 52,72% do salário mínimo para adquirir os produtos alimentícios básicos.
Em setembro, o valor necessário era de R$ 6.280,93, o que corresponde 4,76 vezes o salário mínimo. Já em relação a outubro de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.458,86 – ou 5,33 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212,00.
Além disso, o rendimento líquido era de 53,09% em setembro, enquanto em outubro de 2022, o percentual ficou em 58,78%.
Salário Mínimo: Cidades
Em setembro, os destaques de queda foram observados em Natal (-2,82%), Recife (-2,30%) e Brasília (-2,18%), enquanto os destaques de elevação vieram de Fortaleza (1,32%), Campo Grande (1,08%), Goiânia (0,81%), São Paulo (0,46%) e Rio de Janeiro (0,17%).
A cesta mais cara é a de Porto Alegre (R$ 739,21), enquanto a mais barata é a de Aracaju (R$ 521,96).
Além disso, o levantamento apontou uma leve alta no tempo médio de trabalho necessário para adquirir os produtos de uma cesta.
Em outubro, o tempo médio ficou em 107 horas e 17 minutos, enquanto no mês de setembro era uma média de 108 horas e 02 minutos. Na comparação anual, a jornada média foi de 119 horas e 37 minutos. (Fonte: MoneyTimes)