Bancos apostam em milhas no cartão de crédito contra anuidade zero das fintechs

No mercado, atualmente, já são mais de 30 opções que oferecem aos clientes bônus que podem ser convertidos em passagens aéreas


quinta-feira maio 5, 2022

A pontuação em milhas no uso dos cartões de crédito voltou à carga nos últimos meses como uma aposta de bancos tradicionais para recuperar clientes que transferiram a vida para fintechs, as chamadas instituições financeiras digitais, em busca de anuidade zero e melhores tarifas para manutenção de contas.

São mais de 30 opções no mercado, atualmente, ofertando a possibilidade de acúmulo de benefícios que podem ser convertidos em viagens aéreas e outros serviços. Grandes marcas como Itaú, Bradesco e Santander são umas das que oferecem produtos desta modalidade. Entretanto, antes de contratar o crédito visando a remuneração em milhas, é preciso observar alguns itens.

Diferente da anuidade zero em instituições nativas do online como Nubank, Neon, C6 Bank e Inter, os cartões oferecidos por financeiras tradicionais cobram a taxa de uso anual que, em alguns casos, pode ultrapassar R$1 mil. Para que o cliente tenha a anuidade gratuita como nas fintechs, algumas operadoras ainda condicionam a gratuidade a gastos mínimos mensais.

Por outro lado, o acúmulo de milhas é feito de acordo com o volume de compras. Em alguns modelos, como o Itaú Pão de Açúcar, o cliente ganha um ponto a cada R$1 gasto. Os bônus podem ser convertidos em passagens nos programas de companhias aéreas como Azul e Latam ou em descontos sugeridos pela operadora.

“A gente não pode ter medo de pegar bons cartões por medo da anuidade. Ela pode e deve ser negociada. Nós estamos na época do open bank com muita concorrência e bancos não querem perder cliente por anuidade. Na grande maioria das vezes o banco consegue fazer a isenção por meio do relacionamento”, explica o educador financeiro Felype Aires.

Castro lembra, ainda, que a mudança do débito para o crédito visando pontuações só valerá a pena caso o dinheiro permaneça em uma conta ou fundo de investimento que possibilite a retirada imediata dos valores. “Para quem consegue se organizar é positivo porque vai conseguir ganhos acima dos rendimentos da poupança e consegue turbinar o programa de pontos”, diz.

Outra dica diz respeito à anuidade e outras tarifas. “É preciso observar eventuais custos. Às vezes a pessoa está ganhando R$30 em benefícios, mas gasta R$60 com taxas que ela não se dá conta”, aconselha Vinicius.

 

Fonte; O tempo