O banco digital Nubank registra primeiro lucro de sua história, R$ 76 milhões
Fintech anunciou lucro de R$ 76 milhões no primeiro trimestre de 2021 (Por Altamiro Silva Junior -Estadão)
quinta-feira outubro 14, 2021
Perto de abrir o capital em Nova York, o Nubank anunciou nesta quarta, 13, que lucrou R$ 76 milhões no primeiro trimestre de 2021, revertendo prejuízo de R$ 95 milhões no mesmo período de 2020. Foi o primeiro resultado positivo da fintech, a maior da América Latina, que encerrou junho com 41 milhões de clientes.
O banco digital afirma que conquistou uma média de 40 mil novos clientes por dia na primeira metade do ano, 25% a mais na comparação com o semestre passado. Os cartões movimentaram R$ 92 bilhões de janeiro a junho, expansão de 105%.
A receita de intermediação financeira do Nubank no Brasil somou R$ 4 bilhões, um crescimento de 91% em relação ao primeiro semestre de 2020. Cabe ressaltar que os dados divulgados pelo banco só incluem as operações brasileiras, sem dados, por exemplo, dos negócios no México e na Colômbia.
A margem do banco passou de 45% do primeiro semestre de 2020 para 47% no primeiro semestre de 2021.
Apesar de registrar seu primeiro lucro, o Nubank não pretende distribuir dividendos aos seus acionistas, que incluem uma lista de nomes como a gestora Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, que em junho investiu US$ 500 milhões na empresa.
O ganho do primeiro semestre ficará no Nubank “para ser reinvestido em novos produtos e serviços inovadores para os nossos clientes no País”, afirma o diretor financeiro (CFO) do banco, Guilherme Lago, em texto no blog da fintech. Naquele mês, o banco digital foi avaliado em US$ 30 bilhões e agora fontes do mercado falaram que esse valor pode ficar entre US$ 50 bilhões e US$ 70 bilhões na abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) na Nasdaq, que deve ocorrer até o final do ano.
Para Lago, “o primeiro semestre de 2021 foi mais um reforço de que seguimos no caminho certo ao colocar nossos clientes no centro de tudo o que fazemos.” (Fonte: Estadão)