FIM DE SONHO! REVISÃO DA VIDA TODA JÁ TEM DATA PARA ACABAR
O STF agendou para o dia 3 de abril o julgamento de um recurso do INSS destinado a revogar a chamada “revisão da vida toda” nas aposentadorias, cujo desfecho orientará todos os processos relativos ao assunto. (Por Raianne Romão)
segunda-feira abril 1, 2024
Na última quinta-feira (21), a Corte decidiu invalidar a revisão que favoreceria os aposentados. Veja mais detalhes a seguir
Panorama do último julgamento
Na mesma sessão plenária, foram analisadas duas ações protocoladas em 1999 que permitiam aos beneficiários escolher entre duas regras (geral e transitória) independentemente daquela que se aplicasse melhor à sua situação.
Na ocasião, ficou estabelecido que seria possível aplicar a regra mais vantajosa para o cálculo das aposentadorias dos trabalhadores que ingressaram no Regime Geral de Previdência Social (RGPS) antes de 1999.
Se a regra geral fosse escolhida, a aposentadoria seria calculada com base nos 36 maiores salários em 48 meses antes da aposentadoria do beneficiário. Mas caso a regra transitória fosse escolhida, a aposentadoria consideraria 80% das contribuições feitas ao longo da vida a partir de julho de 1994.
Na quinta-feira (21), o STF validou partes da Lei de Benefícios da Previdência e concluiu a análise das duas ações. O principal ponto validado pela Corte foi o chamado fator previdenciário, uma fórmula usada para aumentar o valor da aposentadoria de acordo com o tempo de contribuição.
Próximo julgamento
A decisão definitiva sobre a tese que servirá de base para todos os processos relacionados ao tema será tomada pelo STF em 3 de abril.
Desde maio de 2023, os processos estão em suspenso após a Advocacia Geral da União (AGU), representando o INSS, ter acionado a Corte para solicitar as suspensões, pedido que foi atendido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Impacto financeiro para a União
De acordo com o advogado-geral da União, Jorge Messias, a decisão do STF de revogar a revisão do benefício visa assegurar a “integridade das contas públicas e o equilíbrio financeiro da Previdência Social”.
A União estimou um impacto financeiro significativo da decisão, chegando a R$ 480 bilhões, considerando uma média de mais 15 anos para cada beneficiário que aplicar a correção das aposentadorias e pensões, incluindo pagamentos retroativos. (Fonte: Beneficio Hoje)