GOVERNO RATINHO ANUNCIA VENDA DE AÇÕES E PARANÁ PERDERÁ CONTROLE DA COPEL
Comunicação foi feita pelo Governo do Estado aos acionistas da empresa que é a principal fornecedora de energia elétrica do Paraná (Por Rosiane Correia de Freitas)
quinta-feira julho 27, 2023
Num novo passo rumo à privatização da Copel, o Governo do Paraná informou os acionistas da empresa nesta segunda (21) que irá transformar a empresa em companhia de capital disperso (sem acionista controlador) e reduzir sua participação acionária de 31% para, no mínimo, 15%. A comunicação foi enviada na manhã dessa segunda-feira. Na prática, isso significa a venda de parte significativa da empresa estatal que fornece energia elétrica na maior parte do estado.
O Governo do Paraná já havia anunciado estudos para desinvestimento na empresa logo após o primeiro turno das eleições de 2022 para governador, quando o atual ocupante do cargo, Ratinho Junior, foi reeleito. Esta é a maior tentativa de privatização da Copel desde o governo Jaime Lerner, há duas décadas.
O novo anúncio confirma a intenção do governo paranaense de privatizar a companhia. O Governo de Ratinho já vendeu a Copel Telecom, subsidiária da Copel do setor de telecomunicações. E anunciou a venda de uma usina em Araucária. Agora o governo confirma a venda de parte de sua participação acionária na estatal.
Privatização
O comunicado informa também que o desinvestimento irá prever que nenhum acionista deverá deter mais de 10% do número de votos na Assembleia Geral da companhia. Esse limite se aplicará inclusive a acordos entre acionistas.
O Governo do Paraná também deverá manter o poder de veto a “deliberações da assembleia geral relacionadas às matérias de que trata este parágrafo e à autorização para os administradores aprovarem e executarem o Plano Anual de Investimentos da Copel Distribuição caso os investimentos, a partir deste ciclo tarifário, considerados prudentes pela Aneel, não atinjam, no mínimo, 2,0x da Quota de Reintegração Regulatória (QRR), daquele mesmo ciclo de Revisão Tarifária Ordinária e/ou, no acumulado, até o final da concessão”.
Tentativa de venda
No início dos anos 2000, depois da venda do Banestado, o governo Jaime Lerner chegou a fazer um processo para a privatização total da Copel. A alegação era de que a companhia não tinha mais como se manter competitiva. O processo chegou a ser aprovado na Assembleia Legislativa depois de muitos protestos, mas o leilão para a privatização da Copel acabou fracassando.
Nos últimos anos, o maior passo rumo à privatização da Copel foi a venda, já no governo Ratinho, da Copel Telecom, subsidiária responsável por serviços de Internet e fibra ótica. (Fonte: Plural Curitiba)