Golpistas se passam por funcionários de bancos para roubar dados de clientes
Um homem da cidade de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, perdeu cerca de R$ 70 mil após cair em um golpe financeiro após atender uma ligação que informava sobre uma suposta transação bancária suspeita. Após ser informado que a transação falsa se tratava de um golpe, o homem acabou tendo seus dados roubados e sendo vítima de um golpe de verdade.
quarta-feira julho 27, 2022
Inicialmente, o homem foi contatado por uma mulher que dizia ser funcionária de um dos bancos do qual ele é correntista. A golpista afirmou que era do setor de atendimento bancário e pediu a autenticação de uma transação bancária. Depois que o homem negou ter realizado a operação, ele foi orientado a instalar um suposto aplicativo de segurança que seria do banco.
Depois de instalar o referido aplicativo e acessar o sistema do banco pelo celular, a ligação foi encerrada e não foi possível retornar. Já desconfiado que havia sido vítima de uma fraude, o homem entrou em contato com a gerente da agência em que tem conta aberta e foi chamado a comparecer até o local.
Lá, foi constatado que que foi contratado um empréstimo no valor de R$ 31,2 mil e foram feitas várias transferências por Pix para seis contas bancárias diferentes, que totalizaram R$ 36,3 mil. Ao todo, o prejuízo total foi de R$ 67,5 mil. O homem foi orientado a registrar um boletim de ocorrência por estelionato.
Golpes para roubar dados estão sofisticados
Um golpe parecido ocorreu na cidade de Nova Andradina, também no Mato Grosso do Sul, em que uma mulher de 55 anos perdeu mais de R$ 76 mil. Após a invasão da conta, foi feito um empréstimo de R$ 41,4 mil, porém, o dinheiro não foi sacado ou transferido. No entanto, o prejuízo final ficou na casa dos R$ 35 mil.
Uma outra modalidade de golpe utiliza falsas propostas de emprego para atrair a atenção das vítimas. Na cidade de Dourados, no interior mato-grossense, uma mulher de 45 anos perdeu mais de 3,5 mil após receber uma falsa proposta de trabalho. Segundo ela, uma pessoa fez contato dizendo ser representante de uma multinacional e oferecendo uma vaga de emprego.
Entre as orientações, estava o repasse de valores angariados em vendas por transações via Pix, enviadas para uma determinada conta. Para testar, ela fez o envio de R$ 20, tendo um retorno de R$ 50. Empolgada com o lucro, a mulher fez outras transações, totalizando R$ 3,8 mil. Porém, dessa vez, nenhum valor foi devolvido.
Os dois tipos de fraude são relativamente sofisticados, sendo que um usa o nome de uma instituição bancária para ganhar ares de legitimidade e o outro até faz devoluções de dinheiro com margens de lucro. Porém, é possível se proteger de ambas tomando alguns cuidados com seus dados e, principalmente, com seu dinheiro.
Como se defender desses golpes que roubam dados
Para evitar cair em golpes desse tipo, é importante sempre se atentar ao receber chamadas, não baixar nenhum aplicativo por orientação de pessoas por telefone e nem informar dados pessoais ou bancários, principalmente quando não foi você quem entrou em contato com o banco.
Além disso, em geral, o atendimento dessas instituições não pedem dados completos dos clientes por telefone. Por exemplo, se você liga para o banco, é pedido para que você informe apenas três dígitos do CPF ou a data de nascimento para atestar que você é você mesmo.
Em caso de vagas de emprego, é importante sempre desconfiar de margens de lucro muito altas, principalmente se os nomes usados forem de empresas de grande porte. Além disso, companhias não pedem para que seus funcionários ou candidatos façam tipo algum de depósito em dinheiro ou transações por Pix.
Fonte : G1