Banco Central: Servidores declaram greve a partir de 1º de abril

A principal reivindicação é o reajuste salarial e reestruturação da carreira. Os funcionários do Banco Central estão há três anos com os salários congelados


quinta-feira março 31, 2022

Uma greve por tempo indeterminado foi aprovada em assembleia dos servidores do Banco Central na última segunda-feira (28). A paralisação deve se iniciar no dia 1º de abril.

 

Segundo a representação da categoria, uma reunião no dia 26 de março com a presidência do BC não foi bem-sucedida. A principal reivindicação é o reajuste salarial de 26,3% e reestruturação da carreira. A mobilização se iniciou após notícias de que não haveria reajuste para servidores federais, mas que aumentos deveriam ocorrer para policiais.

 

De acordo com o Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central – SinTBacen, os funcionários do Banco Central estão há três anos com os salários congelados. As perdas acumuladas, nesse período, chegam a 55%, segundo cálculos com base no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV). Por outro lado, as reivindicações por reestruturação na carreira ocorrem há quase duas décadas.

 

Em nota, o SinTBacen informou que a paralisação deve afetar “serviços de distribuição de numerário (cédulas e moedas) na rede bancária nacional, atendimento ao público, transações via PIX e segurança, entre outros”.

 

Aviso foi dado

Desde 17 de março a categoria vinha realizando interrupções parciais do trabalho, usualmente no período entre 14h e 18h. Além disso, durante as atividades, adotou-se a chamada operação-padrão, em que rotinas do serviço foram atrasadas e conduzidas de forma mais lenta. A mobilização anterior à greve afetou, por exemplo, a divulgação de indicadores econômicos a cargo da instituição.

 

Outros serviços afetados foram a divulgação do Boletim Focus, divulgado nas últimas duas semanas com atraso no horário.

 

Com a greve, dados estatísticos divulgados mensalmente cuja apresentação estava prevista para esta semana já serão afetados. Exemplos são os relatórios de contas externas, do mercado de crédito e das contas públicas.

Fonte : Seeb/SP