Um erro nas transações levou o Santander a depositar R$ 980 milhões a mais para clientes; banco ainda tenta recuperar as perdas

Segundo o banco, o problema foi causado por uma falha no agendamento que gerou o processamento duplo dos pagamentos de 2.000 contas comerciais


segunda-feira janeiro 3, 2022

O último Natal trouxe uma surpresa para clientes e acionistas do Santander (SANB11). O banco espanhol realizou 75 mil transações com erro e depositou, acidentalmente, US$ 176 milhões (cerca de R$ 980,6 milhões, na cotação atual) nas contas e trabalhadores do Reino Unido.

Segundo o banco, o problema foi causado por uma falha já corrigida no agendamento que gerou o processamento duplo dos pagamentos de 2.000 contas comerciais no país. Ou seja, alguns funcionários viram seus salários dobrar, enquanto os fornecedores também receberam mais do que esperavam.

Agora, o Santander tenta recuperar os pagamentos indevidos, muitos dos quais foram parar em contas bancárias operadas por bancos rivais.

Em nota, a instituição financeira explicou que o caminho para a recuperação do dinheiro, conhecido como “processo de recuperação de erro bancário”, permite que o Santander também recupere os fundos diretamente das contas de usuários diretos do banco

Os outros bancos que receberam os valores indevidos também buscarão recuperar os pagamentos acidentais de seus clientes.

Erro atrapalhou o Natal de funcionários
Além da dor de cabeça para o Santander, relatórios sugerem que o incidente pode ter abalado o ânimo de alguns funcionários que cuidam das folhas de pagamento no feriado e dias que se seguiram ao Natal.

“Isso arruinou meu período de férias porque pensei ter feito algo errado e pago centenas de milhares de libras por engano”, disse um gerente de folha de pagamento à BBC. “Achei que fosse só eu e que teria problemas no trabalho”.

O gerente acrescentou que o Santander não divulgou como as empresas devem explicar o segundo pagamento aos funcionários nem forneceu informações sobre como deve ser pago, de acordo com o relatório. (Fonte: Seu Dinheiro)