ECONOMISTAS DO MERCADO FINANCEIRO PASSAM A VER ALTA DE 3,96% NO PIB DESTE ANO
Os economistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. Conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 31, pelo Banco Central, a expectativa para a atividade econômica este ano passou de alta de 3,52% para elevação de 3,96%.(Por Fabrício de Castro)
terça-feira junho 1, 2021
Para 2022, o mercado financeiro alterou a previsão do PIB de alta de 2,30% para 2,25%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia.
Segundo Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central, expectativa para a atividade econômica este ano passou de alta de 3,52% para elevação de 3,96%. © Marcello Casal Jr./Agência Brasil Segundo Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central, expectativa para a atividade econômica este ano passou de alta de 3,52% para elevação de 3,96%.
Nos últimos dias, cresceu o otimismo com a economia brasileira neste ano. O gatilho do movimento foi acionado por dados mais positivos dos setores da atividade no primeiro trimestre, principalmente em março, quando era esperada queda significativa em meio à piora da pandemia e restrições ao funcionamento de estabelecimentos não essenciais. A melhora das estimativas do PIB decorre também dos efeitos da retomada global e do retorno mais rápido da mobilidade após decretos de isolamento.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta terça-feira, 1.º, o PIB do primeiro trimestre.
Os analistas consultados para o boletim Focus também reviram as projeções para a inflação oficial do País, o IPCA, que estão acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central. Os economistas alteraram a previsão para o índice de alta de 5,24% para 5,31%. A estimativa para 2022 passou de 3,67% para 3,68% e para 2023 seguiu em 3,25%.
O centro da meta da inflação para o ano é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, também com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
A projeção para o IGP-M deste ano, índice muito usado na correção de contratos de aluguel e que ficou em 4,10% em maio e acumula alta de 37,04% em 12 meses, também foi alterada, de 16,82% para 18,52%. Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.
Com o aumento nos índices inflacionários, os economistas também alteraram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021. A estimativa foi de 5,50% para 5,75% ao ano. Para 2022 e 2023, a projeção permaneceu em 6,50%.
No último dia 5, para conter a escalada mais recente da inflação, o Banco Central elevou a Selic de 2,75% para 3,50% ao ano. Foi o segundo aumento consecutivo de 0,75 ponto porcentual, em um movimento iniciado em março. Ao anunciar a decisão, o BC sinalizou a intenção de promover novo aumento em junho, para 4,25% ao ano. (Fonte: Estadão)
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